
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Grandes poderes e nenhuma responsabilidade

sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O velho e o jardim
Era um antigo prédio da cidade. Antigo, mas alto o suficiente para se destacar entre as construções do centro velho. Suas janelas opacas e suas varandas quadradas lembravam do tempo em que lá se faziam importantes negócios. Embora aparentemente abandonado, era esse o endereço indicado por Sérgio.
Quando abriu a portinhola que dava acesso ao terraço do prédio, Lázaro se deparou com um imenso e esplendoroso jardim. Dezenas de variedades de plantas tropicais enchiam de cor e vida o topo do antigo edifício.
Ao fundo, o jovem pode ver um senhor de barbas brancas, chapéu e roupas rústicas cuidando do precioso jardim. Com uma certa lentidão, Lázaro venceu os galhos e arbusto, podendo se aproximar do velho após alguns instantes.
- Há muito esperava por você, meu jovem.
Lázaro não conseguia esboçar qualquer reação, aquele velho de rosto fustigado pelo sol era-lhe estranhamente familiar. Era como se conhecesse o velho em alguma outra ocasião. Toda aquela situação dava ao rapaz uma sensação de torpor.
- Lázaro, você foi despertado no acidente que sofreu. Embora tenha sofrido muito, agora pode enxergar a verdade. Você agora pode manipular o que se vê e o que se sente.
Continuou o velho:
- Isso é muito bom para você. Mas saiba que chegará um dia em que passado será futuro e que a justiça estará contra o amor. E nesse dia você lembrará da tristeza da existência.
Após dizer tais coisas, o velho voltou-se a uma pequena planta, concentrando-se no lento trabalho de retirar dela todas as ervas daninhas.
- Mas como assim? O que eu devo fazer?
Sem retirar os olhos da planta, o velho respondeu:
- Lembra dos seus sonhos..? Pois então, neles você pode viajar livremente, assim como pode chegar nos sonhos alheios. Quando se der conta, estará você no meio de todos os sonhos da coletividade. Esse é um dom que trará grandes mudanças em sua vida.
- Qual é o nome do senhor? - perguntou Lázaro.
- Por hora, basta o que eu lhe disse. Vá, e experimente suas novas habilidades.
Após dizer isso, o velho oráculo não lhe deu mais atenção. Com isso Lázaro pensou haver somente duas hipóteses: ou o velho compartilhava de sua loucura, ou tudo isso que o velho falou estava realmente acontecendo.
sábado, 10 de julho de 2010
Estamos com problemas técnicos, voltaremos a operar em instantes
De repente saiu dos auto falantes a seguinte mensagem: “Estamos com problemas técnicos, voltaremos a operar em instantes”. A multidão suspirou e resmungou coletivamente. Para Lázaro, não era nada muito problemático. Era seu dia de folga, e tinha ele todo o tempo do mundo para chegar ao consultório.
Mal sabiam todos que na verdade os tais problemas técnicos eram uma pessoa que, na estação anterior, tinha se jogado nos trilhos instantes antes do vagão chegar em alta velocidade para o embarque e o desembarque. Era uma jovem moça que se atirou voluntariamente para a morte. Devido a rapidez com que tudo aconteceu, poucos na estação anterior puderam notar o ocorrido. Mas as câmeras flagraram tudo. Sangue e carne foram compridos pela partição. A imagem em câmera lenta ficou gravada para sempre nos arquivos da companhia administradora do metrô. Ficou gravada também na mente dos operadores das câmeras de segurança. Aquilo não era algo tão raro de acontecer, e a morte cinegrafada causaria danos irreparáveis aos subconscientes dos funcionários.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
A Rotina
terça-feira, 4 de maio de 2010
Escrever, mas escrever mesmo

- "Publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos. Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele." - O pensamento vivo de Jorge Luis Borges
terça-feira, 27 de abril de 2010
O despertar
domingo, 25 de abril de 2010
Só pra dar uma de culto
segunda-feira, 29 de março de 2010
Invictus
terça-feira, 23 de março de 2010
Nardoni e as novidades antigas
- - Prince Lucifer [a play].: [a Play]. - Página 189, de Alfred Austin
segunda-feira, 15 de março de 2010
Paradigmas e paradoxos
- "If we don't change, we don't grow. If we don't grow, we are not really living."
- - Passages: predictable crises of adult life - Gail Sheehy
- "If we don't change, we don't grow. If we don't grow, we are not really living."