Que tristeza contínua, que final
infeliz, cicatriz de um dia que eu nunca me esquecerei.
Hoje, a dor é tão forte. Os olhos
marejados, as mãos como embebidas em sangue cobrindo o rosto inconsolável.
De tudo nunca me esquecerei.
Eu, que num arranque chamei,
suspirei um adeus.
E ela – sofrendo – sufragou pelo
amor.
Ficou o assento vazio no carro,
Ficou o silêncio seguindo o
suspiro.
A apatia desesperada eu abracei
ao pressentir o apagar da chama.
Vislumbrei um romance moribundo,
o final de um mundo,
O encerramento trágico da
aventura errante.
A cortina descendo, num instante,
Deixando apenas o escuro da
morte.
Por quê?