segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Traje Forense

É fato que este blog anda às moscas. Isso tem acontecido porque desde março passei a me dedicar com afinco obssessivo aos concursos públicos.
No último domingo fui prestar a prova preambular para delegado de polícia de São Paulo. Me mandaram lá para Guarulhos para fazer a prova, junto com pessoas de todo o Brasil, da letra R à Z. Em miúdos: desconsideraram totalmente a residência dos candidatos. Mas isso podia ser pior, teve gente que foi fazer a prova em Mogi das Cruzes...

Chegando ao local vi todo mundo de terno. Eu pensei: "ué, não precisava tanto, basta só estar com roupa típica de trabalho". O fato é que fui barrado na entrada por não estar de terno. Também foram barradas dezenas de pessoas que estavam com roupas "impróprias", segundo o delegado responsável.

Eu, na minha ingenuidade, interpretei "traje forense" como sendo a roupa que um delegado deve usar em suas atividades profissionais. Não sabia que era pra ir com roupa de casamento. Porém não fui o único, dezenas de pessoas foram barradas na entrada, principalmente mulheres, pois não estavam com o tal "traje forense".

Isso pelo menos me serviu de uma coisa: senti na pele o que é uma instituição ultrapassada e burocrática. Se numa prova de "marcar xizinho" eles barram quem não está de traje social completo, da pra sentir porque a polícia civil está defasada. E conversando com outros barrados, fiquei sabendo que isso é coisa da polícia civil de São Paulo, que esse tipo de postura não é regra nesses estados.

Isso também me serviu para pensar melhor que eu quero para minha vida profissional. Talvez um ambiente tão idiossincrático como esse não seja para mim.